Meu amigo, Cmte. José Celso Callegari hoje é reconhecido no mercado de fabricantes de aeronaves experimentais leves. Conheci o apaixonado pela aviação e construção aeronáutica Cmte. Callegari nos idos anos 70 quando exercia as funções de serralheiro. Na minha juventude freqüentava com amigos amantes da aviação, os aeroportos de Jaboticabal-SP (hoje: SDJC) e Monte Alto-SP (hoje: SDMO) com um sonho, voar e construir um avião. O Callegari também sonhava alto.
Lembro-me de quando construiu na sua serralheria um girocoptero sem motor, o qual era rebocado por um jipe na pista de pouso do aeródromo de Monte Ato em incansáveis corridas, com o incentivo e colaboração entusiástica do Cmte. Izidoro Nunes (in memória), que sem medir esforços e sem nunca reclamar, dirigia o jipe nas frenéticas corridas pelo solo. Inúmeras vezes o Cmte. Callegari alçou vôo por alguns metros acima do solo, mas a pista terminava e a corda limitava sua ascensão mais alta. Certa vez, com os meus amigos Albino Panosso Filho, Vando Carregari (in memória)e Mauricio Tavares tentamos projetar e construir uma aeronave com a qual pretendiamos voar, mas faltou dinheiro e o projeto sustentado mais pelo Albino, acabou ficando somente na cabina da aeronave. O Mauricio foi mais longe, sua familia tinha um sitio e ele com um pequeno trator de lamina, raspou o solo querendo construir uma pista de pouso e decolagem, bem antes da aeronave estar pronta. Tudo acabou ali em frustações. Entretanto bem mais tarde, já estruturado financeiramente consegui construir a minha própria aeronave e o Vando também conseguiu construir a sua. O Albino partiu para a Aviação Agricola e conseguiu comprar seus aviões desistindo da idéia de fazer um.
A história do Cmte. Celso, começa quando abandonou o girocoptero e partiu para a construção do seu primeiro avião experimental, um KR com motor Wosksvagem, um projeto americano que estava tomando vulto no Brasil. Acho que um dos aviões mais construídos no mundo a partir de plantas, que sofreram derivações diversas pelos seus construtores com melhorias significativas. Após o sucesso do primeiro o Cmte. Callegari construiu e colaborou na construção de dezenas deles.
Surgiu então o projeto do CB-300, denominado THRIATLON, desenvolvido dentro da Universidade em Uberlândia, Minas Gerais. O Celso apostou no projeto e pegou para construir o primeiro THRIATLON em Monte Alto (SP) nos hangares da sua empresa (www.aviacaoaerodesportiva.com.br). Criou todo o ferramental necessário para a sua construção, que na sua maioria emprega madeira, resinas, material composto, etc... A construção é totalmente artesanal e despende de muitas horas de mão de obra, dedicação e ajustes, mas provou ser um sucesso de vendas esse projeto. Só o Cmte. Celso construiu e voou três deles e outra dezena de plantas foi vendida pelo seu projetista, estando em processo de construção pelo Brasil todo.
Hoje ele se orgulha em fazer parte deste ótimo momento no setor, acompanhando o ritmo acelerado da construção experimental. Com esse novo lançamento, comprovadamente mostrou a sintonia custo-benefício com as necessidades dos clientes. Busca atender as necessidades dos demais construtores do projeto, oferecendo peças e componentes desenvolvidos por ele, facilitando os novos proprietários com produtos aprovados, robustos, resistentes, econômicos. Cmte. Celso Callegari é um ponto de referencia nacional para os iniciantes na construção amadora.
sábado, 24 de janeiro de 2009
MEU AMIGO CMTE.CELSO CALEGARI e seus aviões.
MEU PRIMEIRO EMPREGO COMO PILOTO - My First Job...
Meu primeiro emprego remunerado, como Piloto aconteceu em 1.974 quando ainda era PP- Piloto Privado recém brevetado. Surgiu na minha vida, um monomotor Cessna novinho em folha, modelo C-182P Skylane, o PT-KAZ, recém adquirido pela Construtora Igaraçú de Araraquara (SP). Era um manicaca cheio de sonhos e ambições com muita garra e coragem, para enfrentar o que viesse pela frente. Com esse espírito aventureiro agarrei de corpo e alma esse emprego e posso dizer hoje com total convicção, que esse avião foi uma grande escola para mim. Perdoou dezenas de ingênuos erros cometidos no inicio de carreira e me poupou a vida muitas vezes. Com ele a duras penas me aventurei a voar IFR IMC, quando no nosso país ainda era proibido voar instrumentos com monomotores. Aprendi sózinho a voar a noite e nas madrugadas e levei muitos sustos, mas consegui sobreviver.
O inesquecível PT-KAZ marcou minha vida de tal forma. Foi embaixo das suas asas que conheci o amor da minha vida, a Betty, com a qual casei em 09.10.1976 e permanece até hoje sendo minha esposa. Foi um dos períodos que mais voei por esse Brasilzão de norte a sul, de leste a oeste, fazendo da aviação arco e flecha da época um marco histórico no meu aprendizado. Essa Construtora cujo berço era Araraquara (SP), me proporcionou muitas chances no período em que estive integrando seu quadro como piloto. Fui deveras reconhecido pelos seus sócios proprietários, que nunca pouparam esforços para me ajudar. Acreditavam no meu talento e no meu trabalho e respeitavam as minhas atitudes. Assim foi que acabei acumulando 1.015.00 horas de vôo nessa aeronave num curto prazo de tempo, antes da sua venda definitiva em outubro de 1.976 e o encerramento das atividades dessa Construtora.
Orgulho-me hoje em ter sido o primeiro piloto a pousar em inúmeras pistas construídas nas barragens hidroelétricas, que surgiam na época. Junto com a CESP, praticamente todo serviço de terraplanagem era executado pela Construtora Igaraçú e o avião era um instrumento de trabalho necessário para o bom andamento das obras. Estreei a pista de Urubupungá em Castilho (SP), Ilha Solteira (SP), Água Vermelha em Fernandópolis (SP) e inúmeras outras pistas publicas e privadas que a Construtora fez. A nova pista de asfalto de Araraquara (SP), existente até hoje (SBAQ) foi trabalho da Construtora Igaraçú, onde tive a honra de ter sido o primeiro piloto a pousar. Naquela época, Araraquara dispunha de duas pistas de terra em forma de um grande “T” e a nossa base de operações era ali, antes da vinda do DAESP- Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, que administra o aeroporto até hoje.
Acompanhei todo serviço de terraplanagem da estrada de Cel. Olviedo a Villarica no território Paraguaio a caminho de Assunção. A Construtora tinha um escritório operacional na cidade de Assunção, localizado na Rua das Embaixadas e quinzenalmente estava por lá. Fazia um vôo direto de Araraquara a Foz do Iguaçu (PR)-SBFI em 03:40 hs. De SBFI a Assunção (SGAS) gastava 01:20 e vice-versa no PT-KAZ. O governo paraguaio em reconhecimento aos trabalhos prestados pela Construtora, a qual era associada a uma Construtora Paraguaia, através do AEROCIVIL – Órgão que controlava os vôos civis, concedeu-me uma autorização de sobrevôo definitiva, para operações no território paraguaio, sem restrição alguma. Assim podia operar sem burocracia em diversas pistas existentes em cidades próximas nos trajetos da estrada, onde a fiscalização nunca criou caso com a aeronave e tripulantes.
Anos dourados da minha vida, que ficaram guardados na minha memória como bons momentos e reconhecidamente o melhor emprego que já tive.
O inesquecível PT-KAZ marcou minha vida de tal forma. Foi embaixo das suas asas que conheci o amor da minha vida, a Betty, com a qual casei em 09.10.1976 e permanece até hoje sendo minha esposa. Foi um dos períodos que mais voei por esse Brasilzão de norte a sul, de leste a oeste, fazendo da aviação arco e flecha da época um marco histórico no meu aprendizado. Essa Construtora cujo berço era Araraquara (SP), me proporcionou muitas chances no período em que estive integrando seu quadro como piloto. Fui deveras reconhecido pelos seus sócios proprietários, que nunca pouparam esforços para me ajudar. Acreditavam no meu talento e no meu trabalho e respeitavam as minhas atitudes. Assim foi que acabei acumulando 1.015.00 horas de vôo nessa aeronave num curto prazo de tempo, antes da sua venda definitiva em outubro de 1.976 e o encerramento das atividades dessa Construtora.
Orgulho-me hoje em ter sido o primeiro piloto a pousar em inúmeras pistas construídas nas barragens hidroelétricas, que surgiam na época. Junto com a CESP, praticamente todo serviço de terraplanagem era executado pela Construtora Igaraçú e o avião era um instrumento de trabalho necessário para o bom andamento das obras. Estreei a pista de Urubupungá em Castilho (SP), Ilha Solteira (SP), Água Vermelha em Fernandópolis (SP) e inúmeras outras pistas publicas e privadas que a Construtora fez. A nova pista de asfalto de Araraquara (SP), existente até hoje (SBAQ) foi trabalho da Construtora Igaraçú, onde tive a honra de ter sido o primeiro piloto a pousar. Naquela época, Araraquara dispunha de duas pistas de terra em forma de um grande “T” e a nossa base de operações era ali, antes da vinda do DAESP- Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, que administra o aeroporto até hoje.
Acompanhei todo serviço de terraplanagem da estrada de Cel. Olviedo a Villarica no território Paraguaio a caminho de Assunção. A Construtora tinha um escritório operacional na cidade de Assunção, localizado na Rua das Embaixadas e quinzenalmente estava por lá. Fazia um vôo direto de Araraquara a Foz do Iguaçu (PR)-SBFI em 03:40 hs. De SBFI a Assunção (SGAS) gastava 01:20 e vice-versa no PT-KAZ. O governo paraguaio em reconhecimento aos trabalhos prestados pela Construtora, a qual era associada a uma Construtora Paraguaia, através do AEROCIVIL – Órgão que controlava os vôos civis, concedeu-me uma autorização de sobrevôo definitiva, para operações no território paraguaio, sem restrição alguma. Assim podia operar sem burocracia em diversas pistas existentes em cidades próximas nos trajetos da estrada, onde a fiscalização nunca criou caso com a aeronave e tripulantes.
Anos dourados da minha vida, que ficaram guardados na minha memória como bons momentos e reconhecidamente o melhor emprego que já tive.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
XIIIºCAVAG, IIª Turma,1979-CENEA.
Delfino no Air Tractor Turbina (10.01.2008) do amigo Cmte.Carlos Paulo Boniotti > Foram amigos de turma e tiraram juntos o Brevet de PP nos anos 70 em Marilia(SP).
Em 1.979 tive a oportunidade de integrar e concluir com varios outros amigos, a IIª Turma do XIIIº CAVAG - Curso de Piloto em Aviação Agricola(PAGr), realizado no CENEA - Centro Nacional de Engenharia Agrícola em conjunto com o Ministério da Aeronáutica, na Fazenda Ipanema em Iperó (SP). Alguns amigos não conseguiram concluir o curso, tal a rigidez e as exigências na época. As normas eram rigidas e os instrutores não perdoavam erros. Tudo era avaliado 24 horas por dia, em tempo integral e ao menor deslize acontecia o desligamento do curso. A maior dificuldade que os alunos encontravam era voar aeronave convencional, inicialmente avaliados nos Pipers PA-18 e posteriormente nos EMB-Ipanema 200,201 e 201-A. Eu e meu amigo Cmte. Albino Panosso Filho, hoje proprietário da AERO AGRICOLA AEROLIDER na cidade de Brilhante(MS), não encontramos problemas no curso, pois voamos muitas aeronaves convencionais no inicio da nossa carreira, inclusive haviamos sido sócios num velho Cessna-170, asa de tela, o PT-AMA. Estavamos voando executivo e naquela ocasião já somavamos milhares de horas de vôo. Assim mesmo, vivendo um clima tenso e rigoroso, passamos muitos sufocos para no final do curso receber as nossas licenças de PAGr. Valeu a pena e como parte de nossas vidas foi um marco de mais uma conquista.Ao concluir o curso, fui voar como Piloto Agricola por 10 anos consecutivos (1.979-1.989), quando retornei definitivamente para a Aviação Executiva.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Meu Experimental PP-ZJD s/nº JLDD-01/87
Cmte.Delfino, vôos de ensaio,1.987
1987,vôos de ensaio em SDJC,Jaboticabal(SP).
1987,vôos de ensaio em SDJC,Jaboticabal(SP).
In memória:Mec.Aer.Lucio da Silva,Cmte.Izidoro Nunes(SDMO) e Sr. Manduca (guarda-campo SDJC,1987).
Sorocaba(SP),SDCO,25.06.1999, Postado por:Junior JUMBO - Grupo Ases do Céu.
Em 1987, após um intenso trabalho de construção, iniciado dois anos antes, conclui a construção da minha aeronave experimental denominada CAP-4/BR. Uma réplica do admirado J-3 americano associado ao CAP-4 brasileiro, representando a grandeza do pequeno monomotor. Com motor continental de 65 HP, na categoria ligação e observação,réplica do utilizado nos teatros da 2ª Guerra Mundial, nos céus da Itália.
Foram respeitadas as características técnicas e de desempenho da aeronave, com a qual voei aproximadamente 100.00 horas, antes da venda.
Na ocasião pude contar com a colaboração dos Eng. Aer. Ivan Tenório Cordeiro (in memória) e Eng. Aer. Ferraz, ambos do do IFI- Instituto de Fomento Industrial do CTA- Centro Tecnológico de Aeronáutica de São José dos Campos (SP), os quais graciosamente contribuíram com seus conhecimentos técnicos e sem medirem esforços, estiveram acompanhando e incentivando todo processo aberto no IFI (H3-433), realizando incontáveis viagens de São José do Campos (SP), inicialmente para Jaboticabal (SP) e posteriormente de São José dos Campos (SP) para Batatais (SP).
Contei também com a preciosa ajuda do meu amigo, renomado mecânico aeronáutico CAT I: Lucio da Silva (in memória), o qual me acompanhou, trabalhando arduamente comigo, desenvolvendo melhorias técnicas, dando diretamente suporte e gerenciamento na construção. Praticamente na fase final e preparação para o vôo inaugural, com o acompanhamento do pessoal do IFI, pude contar com a colaboração dos mecânicos Aer. Sebastião Boquinha e Ruy Teles do Hangar II Manutenção de Aeronaves de Batatais (SP), onde oficialmente após o peso e balanceamento, aconteceu o vôo inaugural da aeronave (SDBA), recebendo o seu CAV – Certificado de Autorização de Vôo e o CME- Certificado de Matrícula Experimental do DAC, marco histórico da construção aeronáutica brasileira com mais esse acontecimento.
O PP-ZJD continua voando até hoje, garbosamente pelos céus brasileiros e consta nos anais da construção aeronáutica brasileira. Tive a honra e o prazer de acompanhar toda sua gestação e realizar seu primeiro vôo. Recordo-me da sensação de alegria, satisfação e prazer pelo sonho realizado, superando as minhas expectativas na época. Foi emocionante quando a aeronave durante a corrida de decolagem, deixou o solo e evoluiu pela primeira vez, com firmeza e segurança, alçando vôo, inicio de centenas deles.
Em 1987, após um intenso trabalho de construção, iniciado dois anos antes, conclui a construção da minha aeronave experimental denominada CAP-4/BR. Uma réplica do admirado J-3 americano associado ao CAP-4 brasileiro, representando a grandeza do pequeno monomotor. Com motor continental de 65 HP, na categoria ligação e observação,réplica do utilizado nos teatros da 2ª Guerra Mundial, nos céus da Itália.
Foram respeitadas as características técnicas e de desempenho da aeronave, com a qual voei aproximadamente 100.00 horas, antes da venda.
Na ocasião pude contar com a colaboração dos Eng. Aer. Ivan Tenório Cordeiro (in memória) e Eng. Aer. Ferraz, ambos do do IFI- Instituto de Fomento Industrial do CTA- Centro Tecnológico de Aeronáutica de São José dos Campos (SP), os quais graciosamente contribuíram com seus conhecimentos técnicos e sem medirem esforços, estiveram acompanhando e incentivando todo processo aberto no IFI (H3-433), realizando incontáveis viagens de São José do Campos (SP), inicialmente para Jaboticabal (SP) e posteriormente de São José dos Campos (SP) para Batatais (SP).
Contei também com a preciosa ajuda do meu amigo, renomado mecânico aeronáutico CAT I: Lucio da Silva (in memória), o qual me acompanhou, trabalhando arduamente comigo, desenvolvendo melhorias técnicas, dando diretamente suporte e gerenciamento na construção. Praticamente na fase final e preparação para o vôo inaugural, com o acompanhamento do pessoal do IFI, pude contar com a colaboração dos mecânicos Aer. Sebastião Boquinha e Ruy Teles do Hangar II Manutenção de Aeronaves de Batatais (SP), onde oficialmente após o peso e balanceamento, aconteceu o vôo inaugural da aeronave (SDBA), recebendo o seu CAV – Certificado de Autorização de Vôo e o CME- Certificado de Matrícula Experimental do DAC, marco histórico da construção aeronáutica brasileira com mais esse acontecimento.
O PP-ZJD continua voando até hoje, garbosamente pelos céus brasileiros e consta nos anais da construção aeronáutica brasileira. Tive a honra e o prazer de acompanhar toda sua gestação e realizar seu primeiro vôo. Recordo-me da sensação de alegria, satisfação e prazer pelo sonho realizado, superando as minhas expectativas na época. Foi emocionante quando a aeronave durante a corrida de decolagem, deixou o solo e evoluiu pela primeira vez, com firmeza e segurança, alçando vôo, inicio de centenas deles.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
FOMOS VOAR NO JULIETA no Rancho do Ruy.
Cmte. William e a "Julieta" no seu rancho.
Cmte. William e Cmte. Delfino no "Julieta"
Ai então o meu amigo Cmte. William realizou seu sonho. Já voou dezenas de horas em operações aero-anfibias no seu novo avião. Certo dia, aceitando um convite irrecusavel, fui com minha esposa Betty, no nosso Gruman AA-5 TRAVELER, PT-IIN e pousei na pista da fazenda de um outro amigo(SSVU), ao lado do Rancho do William. Fomos passar um fim de semana lá e voar o "Julieta". Foi os maiores vôos da minha vida. Ficamos encantados com as facilidades que a aeronave oferece, desbravando inúmeros cantos da vasta represa e visitando amigos ribeirinhos. Imaginamos qual não foi as alegrias que o Gerárd e a Margi Moss teve com a "Julieta".
Sempre que conversava com meu amigo Cmte. William Teles, dizia que sonhava ter uma aeronave anfíbia de 04 ou 06 lugares, para curtir o voo junto com os amigos e familiares. Ir para o seu Rancho no município de Cássia (MG) e Delfinopolis (MG), onde existe centenas de ranchos, fazendas com água por todos os lados. Inicialmente comprou um anfíbio Corsário MK-III de 02 lugares com o qual aprendeu sozinho a voar na água. Piloto nato com experiência em inúmeras aeronaves monomotoras e multimotoras e também como Piloto Agrícola, hoje a frente da sua empresa AGROTELES AEROAGRICOLA LTDA, vou quase todos os aviões que passaram pela oficina de Manutenção do seu pai,Ruy em Batatais-SP,SDBA(HANGAR DOIS MANUTENÇÃO DE AERONAVES LTDA). Desde menino de avião em avião foi pegando gosto pela arte do voo, tornando parte essencial da sua vida atualmente.
Acabou vendendo o seu Corsário, mas as boas lembranças das operações aero-anfíbias continuaram alimentando o seu sonho. Nessa ocasião, eu tinha comprado um anfíbio Corsário MK-III novinho, o PU-ELT, batizado de "Betty" em homenagem a minha esposa, mas andava assustado em pousar na água. Havia presenciado um acidente em uma represa, com um amigo no seu anfíbio PETREL, acabando por ficar temeroso. Voei com meu Corsário 98.0 horas e nunca arrisquei o pouso na água. Estava a fim de vender meu avião, para quem soubesse voar bem para não ficar com remorso caso ocorre-se um acidente. Afinal operar a aeronave na superfície liquida não é fácil. O William me fez uma oferta e acabei vendendo-lhe o " Betty" PU-ELT. Ficou novamente realizado e voltou a operar na água, mas o Corsário, além de ser categoria ULM continuava com 02 lugares.
Derrepente surgiu na vida dele a oportunidade de comprar um avião anfíbio LAKE RENEGADE 250 de 06 lugares, o "Julieta", um dos primeiros aviões do Cmte. Gerárd Moss, com o qual viajou boa parte do mundo.
É o próprio Gerárd quem conta a história do "Julieta", PT-LIM no seu blog http://www.mundomoss.com.br/
Avião: LA-250 (1985) Lake Renegade, hidroavião monomotor anfíbio de seis lugares, asa alta com trem retrátil e hélice Hartzell de passo variável. Equipado para vôos por instrumentos.
Prefixo: PT-LIM (apelido “Julieta” porque chegou depois do “Romeo)Fabricante: Sun Lake Aircraft, Fort Pierce, Florida, EUAMotor: Lycoming (EUA) IO-540 de 6 cilindros, 250 HPVelocidade de cruzeiro: 120 nós (220 km/hora)Autonomia padrão: 340 litros, 7 horas, 1.500 kmEnvergadura: 11.7 metros
Histórico: “Julieta” entrou na família em 1999, em parte, para conciliar o conflitante apetite de Gerard por barcos e aviões. Utilizado por Peter Landsberg para voar entre Rio de Janeiro e as instalações da Verolme perto de Angra dos Reis, o avião precisou de uma reforma total. Percebendo assim que aviões não são compatíveis com a água salgada, Gérard finalmente desistiu dela e da idéia de fazer um vôo de levantamento da costa brasileira. “Julieta” foi morar com Jorge e Ingrid Grossman na represa de Ibiúna, SP durante 8 anos. Foi comprado em 2008 por William Teles e mudou-se para Batatais, SP.
Acabou vendendo o seu Corsário, mas as boas lembranças das operações aero-anfíbias continuaram alimentando o seu sonho. Nessa ocasião, eu tinha comprado um anfíbio Corsário MK-III novinho, o PU-ELT, batizado de "Betty" em homenagem a minha esposa, mas andava assustado em pousar na água. Havia presenciado um acidente em uma represa, com um amigo no seu anfíbio PETREL, acabando por ficar temeroso. Voei com meu Corsário 98.0 horas e nunca arrisquei o pouso na água. Estava a fim de vender meu avião, para quem soubesse voar bem para não ficar com remorso caso ocorre-se um acidente. Afinal operar a aeronave na superfície liquida não é fácil. O William me fez uma oferta e acabei vendendo-lhe o " Betty" PU-ELT. Ficou novamente realizado e voltou a operar na água, mas o Corsário, além de ser categoria ULM continuava com 02 lugares.
Derrepente surgiu na vida dele a oportunidade de comprar um avião anfíbio LAKE RENEGADE 250 de 06 lugares, o "Julieta", um dos primeiros aviões do Cmte. Gerárd Moss, com o qual viajou boa parte do mundo.
É o próprio Gerárd quem conta a história do "Julieta", PT-LIM no seu blog http://www.mundomoss.com.br/
Avião: LA-250 (1985) Lake Renegade, hidroavião monomotor anfíbio de seis lugares, asa alta com trem retrátil e hélice Hartzell de passo variável. Equipado para vôos por instrumentos.
Prefixo: PT-LIM (apelido “Julieta” porque chegou depois do “Romeo)Fabricante: Sun Lake Aircraft, Fort Pierce, Florida, EUAMotor: Lycoming (EUA) IO-540 de 6 cilindros, 250 HPVelocidade de cruzeiro: 120 nós (220 km/hora)Autonomia padrão: 340 litros, 7 horas, 1.500 kmEnvergadura: 11.7 metros
Histórico: “Julieta” entrou na família em 1999, em parte, para conciliar o conflitante apetite de Gerard por barcos e aviões. Utilizado por Peter Landsberg para voar entre Rio de Janeiro e as instalações da Verolme perto de Angra dos Reis, o avião precisou de uma reforma total. Percebendo assim que aviões não são compatíveis com a água salgada, Gérard finalmente desistiu dela e da idéia de fazer um vôo de levantamento da costa brasileira. “Julieta” foi morar com Jorge e Ingrid Grossman na represa de Ibiúna, SP durante 8 anos. Foi comprado em 2008 por William Teles e mudou-se para Batatais, SP.
Ai então o meu amigo Cmte. William realizou seu sonho. Já voou dezenas de horas em operações aero-anfibias no seu novo avião. Certo dia, aceitando um convite irrecusavel, fui com minha esposa Betty, no nosso Gruman AA-5 TRAVELER, PT-IIN e pousei na pista da fazenda de um outro amigo(SSVU), ao lado do Rancho do William. Fomos passar um fim de semana lá e voar o "Julieta". Foi os maiores vôos da minha vida. Ficamos encantados com as facilidades que a aeronave oferece, desbravando inúmeros cantos da vasta represa e visitando amigos ribeirinhos. Imaginamos qual não foi as alegrias que o Gerárd e a Margi Moss teve com a "Julieta".
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
VOAR, UM SONHO QUE NASCE CEDO.
VOAR é uma paixão que nasce cedo na maioria dos aviadores natos. O amor pelos aviões vem desde os idos anos da meninice e juventude, onde a arte pelo voo é a essência da vida de um garoto, a qual acaba alimentando esse sonho. Obstáculos surgem no meio do caminho, mas são superados pelo amor pela aviação e quando esse sonho se torna realidade, a vida toma um rumo ascendente e cheio de realizações. Verdadeiros aviadores e amantes da arte de voar, surgem com o menino sonhador, transformando-o num profissional dedicado, orgulhoso e realizado. Vivendo repleto de felicidades, tendo realizado o seu maior sonho, voar,acaba construindo um grande circulo de amigos. A aviação é gratificante, para aqueles que a fazem com amor, dedicação e sem egoísmo, ajudando e contribuindo para que outros também realizem seus sonhos de criança. Sinto orgulho em saber que como Instrutor de Vôo, durante tantos anos da minha vida, consegui formar centenas de alunos, os quais hoje continuam voando como Cmtes nos mais diversos segmentos dessa nossa querida aviação.São jóias que semei ao longo de uma jornada brilhante e isso é muito gratificante pelo reconhecimento de alguns. Levo a sensação comigo de um dever cumprido, pois consegui dar asas a muitos sonhos. Espero poder continuar cumprindo com a minha missão de integrar novas asas a essa juventude cheia de futuro e fico feliz quando encontro algum aluno no seu inicio de carreira, pois sei avaliar a sua luta, a qual não é muito diferente da minha iniciação. Consegui superar inúmeros obstáculos, os quais não foram fáceis, pois iniciei num periodo de regime militar severo, em uma época em que não tinhamos tantas facilidades de informações e escolas como hoje. Afinal, valeu a pena ter sido aviador, pois fiz milhares de amigos por onde passei, contribuindo na integração de pessoas, levando aos mais longinquos recantos esperança e ajuda, onde só mesmo o avião consegue chegar. Que todos consigam seu lugar nesse céu azul e maravilhoso, esse é o meu maior desejo.
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