A
minha existência e a minha memória acaba me devolvendo as gratificantes
lembranças de momentos que não voltam mais, mas valeu estar lá naquela época,
naquele instante e que foi um dos instantâneos da minha vida, que entre tantos
outros marcou um momento no meu tempo.
O bom é quando você conta alguma coisa e pode
provar algo com foto, sabendo a razão e o valor daquilo, quando para muitos
não significa absolutamente nada, mas para você é mais que um verdadeiro tesouro.A vida é repleta de questões e questionamentos e vivendo um dia após dia, fazendo aquilo que mais gostamos e nos proporciona prazer, tudo se torna gratificante. Em 1968 já vivia com os aviões na cabeça, meu sonho em se tornar aviador começou cedo, na minha querida Terra Natal, Jaboticabal-SP onde tive contato com os primeiros aviõezinhos. Momentos agradáveis que marcaram minha existência e me devolvem agora na memória.
Minha
querida mãe Elza, uma apaixonada por fotografias sempre procurou registrar tudo
que via e eu peguei essa mania dela. Sempre acreditei no que ela falava: O que
está escrito não se apaga e a fotografia é a mais bela invenção do homem, pois
aquilo que você clicou ficará registrado para sempre. O papel envelhece, a
fotografia fica amarela, mas aquilo que ali está registrado perpetua no tempo e revive a
memória daquele momento que não volta mais.
Me
lembro que todos os anos nas férias escolares de janeiro e julho meu pai, um Caixeiro Viajante, sagradamente nos levava de trem para São Paulo-SP, terra dos
seus amigos e dos nossos parentes. A viagem começava na madrugada saindo de
jardineira de Jaboticabal-SP até a vizinha cidadezinha de Barrinha-SP, acho que
uns 18 Klms, onde embarcávamos na Maria Fumaça até Rincão-SP. Lá havia
baldeação para um trem um pouco mais confortável, com máquina Diesel com destino
a Araraquara-SP e de lá direto para Sampa, a Metrópole. Então o trem era mais confortável,
com restaurante e tudo mais e com direito a nova tecnologia da época, locomotiva
elétrica.Quantas e quantas viagens inesquecíveis fizemos e nesse janeiro de 1968 estando na Capital fiz que fiz para o meu pai Geraldo me levar até a Praça 14 Bis, onde descobri que havia um monumento histórico com um avião P-47 (Republic P-47 Thunderbolt) que havia combatido durante a IIªWAR na Itália pelos pilotos brasileiros do SENTA A PUÁ. Ali então, meu pai tirou algumas fotos minha junto ao monumento que hoje não existe mais na Praça 14 Bis em São Paulo-SP. A Praça foi transformada com o passar do tempo devido o crescimento da cidade, mas eu guardei essas fotos como tantas outras no meu baú a sete chaves e aqui e agora estão para provar o registro daquele emocionante momento, em que o garoto fica perplexo com a grandeza e com feitos históricos daquela aeronave.
Assim é a vida, coisas boas que
plantamos e que colhemos com o passar do tempo. Ainda hoje sempre que vou a
Sampa e passo pela Praça 14 Bis que logo será remodelada, conforme novo projeto
arquitetônico, ainda vejo na minha imaginação quando muitos não conseguem enxergar
nada, o P-47 lá no seu pedestal.
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Acima recorte do site do Site Portal do BIXIGA, Tudo Sobre o bairro da Bela Vista. http://www.portaldobixiga.com.br/
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