Ele fincou sua bandeira ali quase que junto com os Ingleses, os quais cederam a terra para a construção do Campo de Aviação. Nos idos anos 60 o Toninho era o pioneiro ali. Naquele tempo em que ele tinha cabelos brancos. Afinal ele é o homem do tempo que vai ficando mais jovem com o decorrer da idade.
Ele tem vaidade e viaja na contramão da historia, mas é um grande amigo, um grande companheiro, um exemplar vizinho de hangar. Ele tem o famoso e tradicional "Hangar das Tintas", enquanto o meu chama-se "Hangar Delfi’s". Seu sorriso é maior que sua boca. Seu coração sempre esta aberto para acolher seus amigos no seio da sua grandiosa e não menos querida família.
Seus filhos que eu confundo sempre, Sandro e Leandro são sua dupla, se bem que não cantores, mas que já cantaram muitas meninas. Um dia da caça, outro do caçador e o Cupido acabou dando uma flechada certeira nos dois. Acabaram felizes e eles estão felizes e bem casados. Todos são nossos amigos. Grandes amigos das horas boas e ruins. O Campo de Aviação para eles é parte do seu lar. Fez os filhos, os netos e a família gostarem de aviões e do hangar e ali construiu seu ninho. Se ele não aparecer por lá no fim da tarde ou em algum fim de semana é por que está doente. E esse cara não fica doente nunca, pois tem sangue de Dinossauros nas veias, olhos de águia e força de leão.
Nos anos 70 ele achou que sabia fazer tinta. Derreteu carvão e misturou com jenipapo, colocou alguns fixadores, estudou a quimica da quimica e desenvolveu a famosa tinta grafica que começou a alimentar as primeiras impressoras dos jornais da época. Vendeu para o Estadão. A tinta era tão pesada, acho que menos que sua consciencia hoje e por isso o Jornal o Estadão era um monstro, além de sujar a camisa quando colocado embaixo do braço. Mas o Toninho cresceu e hoje é um gigante no ramo de tintas e fixadores.Acho que até descobriu alguma tinta que secretamente volta o brilho e a cor dos seus cabelos, iguais os da sua juventude com os ingleses. Hoje está milionário fabricando tinta mais evoluida, mais leve e mais consitente. Descobriu o caminho das pedras e só fabrica tinta em pó altamente resistente e mais duravel sem manchar as coisas. Basta um sopro, pronto está pintado.
Ali naquele Campo de Aviação que conheçe como a palma da sua mão ele se realiza. Voa como um pássaro sem destino, só pela liberdade e vontade de voar. Suas máquinas voadoras são a extensão da sua fabrica, da sua vida e a razão de viver. O Toninho das tintas tem muitas histórias do Arco da Velha. É uma ave rara em extinção, daquelas que só o tempo se encarrega de preservar. É um Velho Águia cheio de ternura, carinho e amor, um conquistador nato, um gavião, um grande amigão.
Todos gostam do Toninho, por que o Toninho é sincero e objetivo e prá falar a verdade, do tempo que conheço esse homem, estarei mentido se alguma vez disser que o vi fazendo algum comentário maldoso ou falando mal de alguém. Afinal ele é um cara de bem com a vida e vive a vida que leva...
Ele é um Cavalheiro, um Gentleman muito fino e reservado, como um velho vinho de valor incontestável. Apreciador de antigas musicas, coleciona centenas de discos de vinil , os quais diz ser seu maior tesouro material.
Ser amigo dele é uma dádiva, já que tem uma seleta roda de amigos. Toninho o ultimo dos Dinos do aeródromo de Matão.
Confissão de um ex-Velho Águia Delfi's:
Nos anos 70, no inicio da aviação que hoje se tornou parte integrante da minha vida e da minha razão de viver, quando peguei nas mãos o antigo LP Full Coletion da Perla, voltei no tempo. Eu tive a grata satisfação de ver a Perla novinha, como eu nos meus 20 aninhos, por ocasião de um dos meus vôos mensais para ASSUNÇÃO no Paraguai quando a ex-Construtora Igaraçú de Araraquara-SP (Cujos registros constavam na cidade de Igaraçú do Tiete-SP, near Barra Bonita-SP do outro lado do rio Tiete) para a qual trabalhava como piloto, construiu a rodovia entre Cel.Olviedo e Villarica no território paraguaio. Oh, que saudades, Bons tempos, Velhos tempos. Old Time good Times of my life.....A "Betty" ainda não estava nos meus projetos de vida, pois ela surgiu depois, embaixo de uma asa de avião e ficou para sempre...
Nos anos 70, no inicio da aviação que hoje se tornou parte integrante da minha vida e da minha razão de viver, quando peguei nas mãos o antigo LP Full Coletion da Perla, voltei no tempo. Eu tive a grata satisfação de ver a Perla novinha, como eu nos meus 20 aninhos, por ocasião de um dos meus vôos mensais para ASSUNÇÃO no Paraguai quando a ex-Construtora Igaraçú de Araraquara-SP (Cujos registros constavam na cidade de Igaraçú do Tiete-SP, near Barra Bonita-SP do outro lado do rio Tiete) para a qual trabalhava como piloto, construiu a rodovia entre Cel.Olviedo e Villarica no território paraguaio. Oh, que saudades, Bons tempos, Velhos tempos. Old Time good Times of my life.....A "Betty" ainda não estava nos meus projetos de vida, pois ela surgiu depois, embaixo de uma asa de avião e ficou para sempre...