CAMPO MAIS CHARMOSO....

Nos empreendimentos rurais, as mulheres cada vez mais lideram. Definitivamente elas chegaram ao campo. No caso especifico da minha empresa, as engenheiras agrônomas estão em foco e trabalham, senão igual, mais que os homens. Vão ao campo, vestem o jeans, arregaçam as mangas e encaram o mato com muita naturalidade. Venceram o preconceito desbravando as dificuldades e assim o setor rural vai se adequando as novas normas de segurança e saúde fitossanitária. Antes eram casos excepcionais, que hoje se tornaram comuns, principalmente nas grandes empresas. Em toda atividade hoje vemos as mulheres sobressaindo. Elas assumem, encaram e resolvem os problemas do agronegócio com muita confiança, tranqüilidade e naturalidade, mantendo posições de liderança. E isso é conquistado no dia a dia das suas atividades agrícolas. Isso deu um charme maior ao mundo rural para comprovar a conquista feminina no campo com toda elegância. Elas não são as únicas, são apenas um exemplo desse movimento. Por dois dias estive viajando com agrônomos, engenheiros e engenheiras por fazendas na região de Minas Gerais, ocasião que tive o prazer de ter como meu co-piloto o Eder, companheiro de centenas de voos e um agrônomo de mão cheia. Master no ensinamento das agrônomas na empresa. Conviver com eles é muito gratificante por acompanhar seu trabalho de treinamento capacitado, para os funcionários empenhados no manuseio da pratica rural associado na cultura da citricultura, nosso ramo de atividade rural. Mais que um retrato vivo de um movimento preventivo contras as novas pragas que invadem as lavouras, eles transmitem seus conhecimento e dão o alerta sobre as causas e conseqüências, mostrando como identificar e agir nessas situações, refletindo num só tempo e assim interagindo e combatendo o mal que assola a lavoura. É muito bom voar com as nossas colegas de trabalho, pois são positivamente seguras e estão sempre alegres em qualquer momento, principalmente quando encaram o vôo com muita simplicidade e sabem que dependem do avião para atingir rapidamente seus focos de atuação. Não reclamam de nada e tudo está bem, mesmo na turbulência ou enfrentando a meteorologia adversa. Conseguimos cumprir um bom trabalho em uma jornada de voos programados, cuja meta foi superada em todos os quesitos exigidos. Fiquei muito feliz de participar com elas de toda essa alegria e ter contribuído nos transportes realizados nesses dois dias ininterruptos de 18 e 19 NOV/2010. Obrigado pela boa companhia das meninas do ar e dos amigos Eder e Mauricio da área agrícola da empresa. Elas no comando na terra e eu no ar.

Cenas que a gente nunca esqueçe...

Eu já havia visto acidente de carro, com vitima fatal e sem vitima, os de avião não havia visto nenhum. Ver um acidente de avião com morte é totalmente diferente, quando somos pilotos ou estamos tentando ser. Aconteceu em Jaboticabal-SP no Distrito de Lusitânia em 1974, quando estava dando os meus primeiros passos na aviação iniciada em 1972, procurando tornar realidade o meu sonho de ser aviador profissional. Estava de passagem por Jaboticabal-SP, onde residiam meus familiares e soube desse trágico acontecimento com um monomotor Citabria Agrícola que estava pulverizando uma lavoura de algodão e terminou em um acidente fatal. Um acidente com morte é totalmente diferente, a cena parece irreal. Você não aceita o que vê, mas é a realidade do trágico acontecimento. Quando cheguei à cena do acidente no meio da lavoura de algodão estremeci. Sorte que o corpo do piloto já havia sido resgatado momentos antes, mesmo sem vida e transportado para o necrotério municipal em Jaboticabal-SP. A aeronave estava enterrada de bico no solo, pois segundo testemunhas que ali ainda estavam, disseram que o avião caiu em um vertiginoso mergulho e que parecia descontrolado. Ver essa cena que ficou marcada para o resto da minha vida e por ter ainda registrado o acontecimento em três fotos que fiz no local naquele momento, é marcante. Estava munido de uma câmara fotográfica da época, chamada de Espião ou Xereta. Era uma pequena e discreta Kodak Instamatic-101 de bolso, que me proporcionou fotografar o fato sem chamar a atenção das autoridades policiais presentes. Nunca divulguei as fotos desse acidente e as guardei comigo na minha vasta coleção de antigas relíquias fotográficas feitas ao longo do tempo. Eu que adoro aviões desde pequeno não quis aceitar o fato da morte tão banal desse piloto. Acabei descobrindo dias depois como havia acontecido o trágico fato, quando encontrei com o proprietário da aeronave e também piloto agrícola de Marília-SP, Cmte. Agricio. Pensei nos familiares desse piloto que ali havia tombado trabalhando e que acabou intoxicado com o veneno que aplicava, perdendo a visão momentânea e se precipitando contra o solo, após bater em uma antena de TV existente sobre uma das casas da fazenda. Cena que faz a gente refletir mesmo. A aeronave era novinha, ano 1973. Nunca mais consegui esquecer esse tragico episodio que presenciei naquele ido ano de 1974.
Isso foi muito triste. Fiquei chocado e cheguei em pensar em desistir de voar e nunca ter um avião na minha vida, mas superei esse medo e acabei tornando um aviador. Durante a minha carreira, inclusive como Piloto Agrícola acabei trabalhando profissionalmente pulverizando lavouras por 10 anos. Tive dezenas de aviões e tenho um hoje. Todos me deram muito prazer. O perigo está em todos os lugares, assim aprendemos com nossos pais, desde pequenos e a vida nos mostra coisas que nem imaginamos.
Minha mãe e meu pai comentavam de um acidente que aconteceu no Campo de Aviação em Jaboticabal-SP com um piloto se não me engano de nome Marino que acabou queimado junto com a aeronave, da qual saiu ilesa uma mulher, sua acompanhante. Temiam pela minha vocação, mas eu era muito pequeno na época e não soube de nada a não ser o comentário apreensivo deles. Quando cresci e comecei a frequentar o Aéro Clube local me contaram também desse trágico acidente que os meus velhos falavam. Não senti medo nem pavor, por que não presenciei o acontecimento, porém esse trágico acidente do Citabria Agrícola que presenciei me deixou abalado, pois cheguei com outro amigo no local , logo após a retirada do corpo onde o cenário era muito triste.

"EH, TREM CHIQUE DEMAIS..." Pantaninho dos nossos sonhos.

EH, TREM CHIQUE DEMAIS...

Rancho du bom, dos miô de lá. Amigos para sempre juntos. Muita cerva gelada, um lindo rio descortinando à frente que deslumbra qualquer encanto no fundo do quintal do casarão cheio de conforto e até piscina para divertimento da molecada e de adultos arrojados. Ambiente de alegria, fortalecido pelo coleguismo, brincadeiras e muitos divertimentos. Canoa de alumínio, motorzão e o piloteiro de primeira de plantão PQD. Neto, cheio de entusiasmo e sem preguiça para levar todos em diversas navegações fluviais para conhecer o Rio Jacaré Pepira, o majestoso Rio Tiete e o famoso internacionalmente conhecido PANTANINHO. Onde os animais silvestres e aquáticos vivem em plena harmonia com a exeburante natureza rica, pela abundância de alimentos e onde até mesmo mora uma Cobra Sucuri de mais de 6 metros, que acabou ficando amiga do Cmte. Belluzzo.

O campo verde, o rio, tudo tem o seu glamour. Os amigos do Vale Eldorado de Atibaia-SP não mancaram e vieram todos conforme programado para o 1º ENCONTRO DE AMIGOS do VALE VERDE NAUTICO de Ibitinga-SP, que aconteceu nesse feriadão de 10,11 e 12/NOV/2010. Houve até um aniversário, da filhinha do Lú, comemorado no meio do percurso e do Cmte. Enio de Promissão-SP que aniversariou na mesma data, entre as muitas atividades aquáticas.

Foram essas caracteristicas de puro ambiente familiar que deu verdadeiro espírito na festança, onde o cenário extremamente maravilhoso parece que foi desenhado com tanto capricho e muito bom gosto pelos ribeirinhos que habitam as margens do rio Jacaré. Quem esteve frente a frente com a organização desse Encontro de Amigos FOREVER, foram: JUNINHO, NETO e LÚ do Skydive Ibitinga família. O PQD e instrutor de Trike, conhecido PEZÃO, brindou todos os presentes, realizando um salto de baixa altura(150 mts) tipo BASE JUMP sobre o rio Jacaré frente ao rancho onde estávamos instalados, desde um Cessna-180, pousando com supremacia nas águas do rio, onde o Neto com seu barco de resgate o aguardava, diante da plateia animada dos amigos no estaleiro do rancho.

O ponto TOP do Encontro, com estilo e sabor culinário forte pelos dotes gastronómicos dos cozinheiros JUNINHO e LÚ, Dnª Cléo e Betty, deixou aguçados todos pelos saborosos pratos preparados por eles com carinho e tremendo esmero.

O rio que parece mais uma mar, onde a fauna e flora da região se concentra é espetacular, sendo bastante rica e diversificada. Capivaras, patos, macacos podem serem encontrados facilmente. Habitam ali também outras aves e outras espécies de animais silvestres. O passeio de canoa pelo rio é tão agradável pelo profundo conhecimento que tem na pilotagem o Marujo Neto e é descortinado por inúmeras ilhas flutuantes, blocos de igarapes que se movimentam pelo rio, servido de abrigo as aves. Tatu-galinha, siriema, garças, gambás, quatis, ouriços, tamaduás, cobras, capivaras, jacarés, lagartos, ratos-do-mato, furão e raposas também são facilmente encontrados na região e vistos com mais frequência no entardecer do rio onde o Por do Sol é lindo e contagiante. Aves anfíbias e migratórias também fazem parte desse cenário maravilhoso.

Quem ali esteve, acho que jamais esquecerá esses momentos maravilhosos de interação com a natureza. Experiência fora do comum acampar em barracas na área comunitária do rancho. E ali esteve com seus familiares, o BAIXINHO, o FERREIRINHA, o PEZÃO o SERGIO BELLUZZO, o MACHADINHO e a DINA, o GUTO e toda família Skydive Ibitinga liderada pela mãe CLÉO e demais amigos do JUNINHO, do NETO e do LÚ.

Nesse tipo de acampamento não se pode ter muito luxo, pois estar vivendo na natureza onde tudo é simples e muito pratico, ninguém stressou. Pena que tudo que é bom também não dura para sempre e assim os três dias de confraternização passaram voando, mas deixou boas lembranças nos corações de todos, de onde todos partiram na esperança de um breve encontro entre amigos.