O
tempo passa em uma velocidade vertiginosa, o tempo voa mais que os aviões, por
que ele não tem volta, segue sempre em frente, quer você queira ou não...
Com a idade , quando começamos a prestar mais
atenção nas coisas, aprendemos o além do que comum.Observando hoje capítulos que
aconteceram no nosso cotidiano e nos passaram despercebidos, pois estávamos acelerados
nas nossas lutas, no nosso trabalho e nas nossas conquistas, acabamos encarando a vida de forma diferente.Exemplos nos mostraram que ninguém vai levar nada dessa vida passageira, além das coisas boas que fizemos, que vivemos e que compartilhamos com nossos familiares e amigos. Deixar de fazer certas coisas quando já estamos na reta final e quando ainda podemos é o maior erro que pode nos levar depois ao arrependimento, quando já é tarde demais e o tempo está se esgotando. Então queridos amigos AVENTUREIROS DO AR, Borá ser Feliz acima de tudo, vivendo intensamente e aproveitando ao máximo o que ainda o tempo nos permite.
Hoje
na reta final, quase atingindo a marca dos 65 anos de vida, posso dizer que
vivi bem. Foram maravilhosos os meus dias. Lógico que tive muitos fracassos,
muitas derrotas, mas nada me impediu ou vai me impedir de seguir em frente. Seja em tempos de Céu de Brigadeiro, ou seja, em tempos de Turbulência. A vida
mostra claramente que não existe mal que perdure para sempre ou felicidade que
nunca termina.
Nunca estudei tanto com minhas dificuldades e com as dificuldades da minha família. Num tempo extremamente incerto e difícil, enfrentei o ginasial quando cobravam da gente inicialmente o Frances e o arcaico Latim, a religião, a musica, as artes e finalmente o Inglês sem muitas perspectivas, em uma época complicada e sem grandes informações. A meu ver acho que perdemos tempo com o Latim e o Frances, mas as regras eram essas. Coisas lógicas impostas por nossos educadores, os quais respeitávamos a qualquer custo, por educação e por medo, vivendo um ambiente de coleguismo entre os amiguinhos apesar de tudo.
Nunca estudei tanto com minhas dificuldades e com as dificuldades da minha família. Num tempo extremamente incerto e difícil, enfrentei o ginasial quando cobravam da gente inicialmente o Frances e o arcaico Latim, a religião, a musica, as artes e finalmente o Inglês sem muitas perspectivas, em uma época complicada e sem grandes informações. A meu ver acho que perdemos tempo com o Latim e o Frances, mas as regras eram essas. Coisas lógicas impostas por nossos educadores, os quais respeitávamos a qualquer custo, por educação e por medo, vivendo um ambiente de coleguismo entre os amiguinhos apesar de tudo.
O
Latim ao meu ver era para entender a religião e fazia parte das missas e da grafia nas
fachadas comerciais, o Frances sabe lá para o que servisse. Acho que era para
entender os aviões, a minha praia...Afinal foi na França que o nosso querido
SANTOS DUMONT deu um impulso relevante e histórico para a aviação.
Quando ainda garoto comecei a frequentar o nosso
Campo de Aviação em Jaboticabal-SP, minha Terra Natal nos anos 60 , percebi que
os pilotos daquela época ainda usavam termos em Frances nas suas pequenas
aeronaves, desde os pedais ao acelerador, quando a navegação feita por eles era
traçar um CAP.
E
assim vivemos os nossos áureos dias, Anos Dourados da nossa meninice, infância,
adolescência e juventude.
Cada qual chegou aonde chegou graças
ao seu esforço, vivendo em uma época aonde havia muitas incertezas e as poucas
informações,as quais eram muito precárias.
Ontem ainda criança, eu e os meninos da minha época olhávamos para o céu cheios de esperanças, de que um dia seriamos Aviadores, igual àqueles que sobrevoavam a minha cidade.
Ontem ainda criança, eu e os meninos da minha época olhávamos para o céu cheios de esperanças, de que um dia seriamos Aviadores, igual àqueles que sobrevoavam a minha cidade.
Os primeiros aviões que eu vi eram
os pequenos Teco-Tecos que tinham um ronco suave e voavam mansamente, colorindo
o céu com seus motorzinhos de 65HP a 90 HP e os estridentes North American T-6
Texam de treinamento, da Escola de Aeronáutica de Pirassununga-SP, cor de laranja com seus motores radiais de 600HP, que por vezes apareciam pela
“CIDADE DAS ROSAS”. Sobrevoando a cidade e pousando no aeródromo local, que
costumávamos chamar carinhosamente de Campo de Aviação, no fundo Colégio Agrícola.
Traziam a insígnia da FAB - Força Aérea Brasileira e números. Eram lindos de
serem vistos, marcantes pelo seu ronco inesquecível de bravura.
Certas
vezes algum majestoso avião de transporte Douglas DC-3 apareciam, mas eram bem
mais raros. E quantas e quantas vezes
dei uma escapada rumo ao Campo de aviação, para registrar fotograficamente esses
aviões que faziam parte da minha vida e dos meus sonhos.
Assim iam desfilando, um a um, enquanto do gramado do quintal da minha casa na Rua Juca Quito, n°980 eu tentava identificar os modelos e prefixos desses aviões, armado de um singular binóculo DFV Vasconcelos.
Assim iam desfilando, um a um, enquanto do gramado do quintal da minha casa na Rua Juca Quito, n°980 eu tentava identificar os modelos e prefixos desses aviões, armado de um singular binóculo DFV Vasconcelos.
Minha mania era registrar tudo que observava e assim fui colecionando em um
reservado caderno escolar as anotações sobre os movimentos dos aviões que via, munido também de uma bussola para determinar aparentemente de onde vinham e
para onde rumavam. Se fossem em direção ao Campo de Aviação eu dava um jeito de
ir até lá.
Confesso
que entre tantas peripécias, consegui destruir um radio a válvula BELMONT do
meu querido avô, mexendo em suas bobinas na tentativa de escutar o que os
pilotos falavam nos seus rádios, mas foram tentativas frustrantes.
Em julho, no mês de aniversario da
cidade aconteciam as grandiosas, tradicionais e esperadas Festas Aviatória para deleite de todos os Jaboticabalenses, com a presença da
ESQUADRILHADA FUMAÇA, do Ás ALBERTO BERTELLI e de tantos aviadores e seus aviões.
Tempos esses que não voltam mais.