Nos anos 70, uma turma de garotos
araraquarenses apaixonados por aventuras fundam o “OCIBAS”, uma Organização Civil sem fins lucrativos, cuja finalidade seria busca e salvamento. Na mesma
ocasião, nascia em Santos-SP o “SATS”- Serviço Aéreo Terrestre de
Salvamento, também uma entidade civil sem fins lucrativos, formada por um grupo de seletos paraquedistas. Era o
inicio do paraquedismo civil esportivo prestando serviços à comunidade, só que
os garotos de Araraquara-SP não eram paraquedistas. Com essa intenção conseguiram
um instrutor de paraquedismo do CPC-Clube de Paraquedismo de Campinas-SP que estava no auge do esporte, o MIRO (Adalmiro Dondon Filho), que
começou a vir para a Morada do Sol instruir esses garotos.Ocasião em que foi fundado o
PACAS - Para Clube Águias do Sol, com a ajuda do Prefeito Municipal na época, Sr. Rubens Cruz, feliz
proprietário da Empresa Cruz de Ônibus.
Isso aconteceu logo após a
reabertura do CPJ em Jaboticabal, ocorrida em 03 de maio de 1971 e nós do CPJ como a turma do PACAS crescemos unidos, lado a lado nas
nossas atividades. Jaboticabal-SP sob a responsabilidade do instrutor FERNANDO FURUKAWA que delegou poderes
ao experiente paraquedistas COSTA FILHO
(João Fernandes da Costa Filho) até o próximo Curso de Monitor de Paraquedismo,
o que aconteceu no CTA em São José dos Campos-SP, quando o COSTA FILHO assumiu
definitivamente o CPJ como Instrutor responsável e iniciou a formação de novos alunos,
com cursos de duração mensal. Lá em S.José dos Campos, durante o Curso de Monitor COSTA FILHO conheceu o paraquedista PANGONI do CTA que pertencia ao Clube de Paraquedismo de lá, o qual emprestou
um paraquedas comandado para uso do CPJ -Clube de Paraquedismo de Jaboticabal-SP.
Devemos muito também aos
irmãos paraquedistas STEIN do CPL –
Clube de Paraquedismo de Limeira-SP, que nos emprestou parte dos equipamentos
de saltos (paraquedas principais e reservas), para o inicio da formação dos alunos
no CPJ. Havia uma grande harmonia naquele tempo entre os paraquedistas. Era uma
grande irmandade e um procurava ajudar o outro e assim os clubes foram se proliferando
pelo Estado de São Paulo e o paraquedismo esportivo foi crescendo a todo vapor.
Nós tínhamos um órgão regularizador
constituído na sua maioria por paraquedistas militar da BRIGADA AEROTERESTRE do
Rio de Janeiro-RJ, a “UBP” – União Brasileira
de Paraquedismo e com o surgimento de inúmeros clube no Estado de São Paulo,
foi fundada “FPPq” - Federação Paulista
de Paraquedismo. Deu-se então o inicio dos Campeonatos Paulistas de Paraquedismo, entre
os Clubes filiados. Naquela época, os alunos paraquedistas além de receber todo
conhecimento e treinamento técnico de aterragem, navegação, sinalização Terra-Ar, deviam aprender a dobrar seu
paraquedas antes do 1º Salto, que era realizado com o equipamento dobrado por ele, supervisionado pelo instrutor ou por um paraquedista mais experiente.
Nesse meio de tempo, prevendo a reabertura do CPJ que encontrava com as suas atividades paralisadas,
o COSTA FILHO conseguiu com o pessoal
do CPP – Clube de Paraquedismo de Piracicaba-SP, ao qual pertencia e onde o havíamos
conhecido, um curso de paraquedismo gratuito para nós três jaboticabalenses: DELFINO, HIDE (Hidetoshi Ota) e ALBINO
(Albino Panosso Filho). O IGNÁCIO
(Joaquim Ignácio de Campos) veio depois a integrar a equipe, tendo realizado
seu curso com o recém-formado instrutor COSTA FILHO em Jaboticabal-SP e assim
caminhou a humanidade.
O
instrutor MIRO em continuidade, dando
instrução em Araraquara-SP formou os garotos da época e a OCIBAS foi
esquecida, dando lugar ao PACAS. Com o tempo, um dos paraquedistas de lá, o JAIRO (Jairo Correia de Lima) concluiu
o Curso de Monitor de Paraquedismo e acabou ficando até hoje como instrutor do
PACAS - Para Clube Águias do Sol. Todos nós eramos uma Grande Família e o JAIRO acabou sendo o Instrutor que formou a Betty. Meu 1º Salto foi em
Piracicaba-SP em 15 de maio de 1971 , com a supervisão da Instrutora MARILDA MARCONI, que posteriormente
veio a ser a esposa do Fernando Furukawa. Aconteceu do Cessna –C-170A PT-AFU do
Cmte. BELO. Subiu no avião naquele meu histórico dia o BISSI, que a pedido da MARILDA
executaria meu lançamento e o SAMUEL.