sexta-feira, 6 de novembro de 2009

URUBU, O INIMIGO DO CÉU....





SDMO (Monte Alto-SP), entrada do aeródromo.

Antigamente se voava tranquilo pelos céus do Brasil. Os aviões eram poucos e os bandos de urubu não ousavam voar muito. Podíamos num voo qualquer, deixar de ficar olhando para fora, muitas vezes por horas. Reclinávamos a poltrona e curtíamos o voo conversando com os passageiros ou com o co-piloto sem se preocupar pelo oque podia vir pela frente. Aprendemos com os mais velhos, os sábios pilotos de ontem, que o urubu ao pressentir o avião acabava mergulhando e alguns nesse ousado mergulho muitas vezes ultrapassavam os seus limites estruturais alados e acabava indo colidir fatalmente com o solo, mas isso não nos preocupava tanto. Não sei se hoje os urubus estão mais preparados ou se seu treinamento foi aprimorado para voos mais arrojados e em grandes formações, grandes altitudes, mas todos querem tirar uma fatiazinha das delicias nas ascendentes interferindo no nosso meio, procurando alimento ou curtindo as maravilhas. Estão por quase todo céu. Não é só sobre os lixões que se proliferaram em muitos centros, mas estão por todos os lugares e surgem do nada no nosso caminho, provocando colisões com aeronaves, causando graves acidentes. O ESQUADRÃO URUBU cresceu tanto, por que estamos proibidos de abate-los. Todos os dias os ninhos existentes estão brevetando mais urubu e eles saem por ai como se o céu fosse só deles.
Hoje precisamos voar o avião sem descuidar um momento, olhando para frente e para fora, a fim de evitar uma colisão inadivertida, para não termos uma surpresa desagradável. Tantos nas subidas, descidas ou mesmo nos voos de cruzeiro, perto ou longe dos aeroportos, o perigo está no céu, onde a ANAC não fiscaliza os inimigos pretos alados, que tanto problemas trazem para o tráfego aéreo. Tem que ser feito alguma coisa, para coibir esse crescimento descontrolado de aves que acabam invadindo nossos caminhos nesse céu hoje sem paz, trazendo transtornos inesperados, pondo em risco os aviões e muitas vezes ceifando vidas em consequencia disso.
Não sei onde eles moram, mas estão por toda parte. Sei lá, outro dia, acho que descobri onde vive um esquadrão deles. Nem sei se eles tem alguma coisa com os espíritos que reinam por aí, mas talvez estivessem comemorando algo numa confraternização na capela da entrada do aeródromo de Monte Alto-SP (SDMO). Era um domingão, estavam todos lá de preto, comemorando sei lá oque, mas estavam ali tão perto da pista de pouso ponde em risco nossos voos.
Os integrantes do Esquadrão Pena Preta que por ali residem, acho que conhecem regulamento de tráfego aéreo, mas os que voam por aí, sem carteira, são legionários despreparados.
A conclusão da história é que se a coisa continuar assim, vão ter que criar um Espaço Aéreo Condicionado, para que os integrantes do Esquadrão Pena Preta possam voar longe das nossas aeronaves.

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