quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sobrevoando o MUSEU de BEBEDOURO-SP,21.03.2007 e o avião perdido.

Muitos anos antes quando descobri o "LOST", o avião ficou em baixo de uma árvore na fazenda que foi crescendo,até ser aceito perto da sede da fazenda, onde deixa elegância aos que o localizam do ar. Majestade de um avião que foi Rei no passado.


























O avião na fazenda que eu batizei de LOST.Hoje ao lado da sede da fazenda.Sempre que estou por perto do avião,aproveito para sobrevoá-lo.





















Vista aérea do museu em 21.03.2007.



Na empresa, da qual sou Cmte. tenho voado quase diariamente a serviço, cumprindo na maioria das vezes escalas, nas fazendas do Grupo, para qual presto serviços desde 1.989. Desde a infância e meninice, sempre estive com minha companheira câmara fotográfica (minha co-pilota), para registrar momentos da vida de quem voa e tem o privilegio de estar em muitos lugares quase que ao mesmo tempo, desfrutando das belezas que o avião proporciona em agilidade, rapidez e conforto, sobrevoando lugares pitorescos e maravilhosos. Dádiva de Deus concedida a todos que voam por essa imensidão do céu azul, compartilhando com os amigos as alegrias e as certeza de um voo seguro, harmónico, calculado e cheio de alegria. Acho que eu tenho muito mais que eu mereço. Fui privilegiado por Deus e pela protetora dos aviadores, Nossa Senhora do Loreto que me protege nas minhas aventuras por esse Brazilsão a fora. Assim consegui construir um grande circulo de amigos, com os quais convivo em harmonia. Fuçando no fundo do Báu onde guardo minhas fotografias, minhas lembranças e minhas anotações, encontrei hoje o registro de um voo realizado com o Cessna-206H Stationair, PT-FTP da minha empresa, sobrevoando o MUSEU MATARAZZO em Bebedouro-SP, onde existe um grande acervo de aviões que estão se deterioriando ao tempo. É triste ver imagens daqueles aviões esquecidos e inertes, naquele abandono que parece um cemitério. E me recordo quando ainda garoto estive com minha turminha de jovens amigos visitando aquele Museu, quando da sua inauguração. Fomos em um carro GALAX alugado. Estive ali, entre outros que não vingaram para a aviação, com meu inseparável amigo de muitas jornadas na iniciação dos nossos sonhos de menino e no start da nossa carreira aviatória, o Cmte. Albino Panosso Filho (hoje além de Cmte. é proprietário da Aeroagricola AEROLIDER de Dourados-MS). Ao sobrevoar aquele museu esse dia com a finalidade de mostrar a amigos que estavam no voo, voltei no passado e recordei como havia sido gratificante estar ali na época da inauguração e depois mais tarde quando entrei na companhia, com o saudoso Cmte. Oracy Aczevedo, com o qual voei muitas vezes no EMB-XINGÚ II, o PT-MCI inicio desse emprego no qual estou até hoje e em NOV-2009 vai completar 20 anos. Próximo dali tem um grande e antigo avião estacionado em uma fazenda (S 21º00'95" - W048º30'90") e acompanho a muitos anos o deslocamento desse avião, o qual estava abandonado em uma pista embaixo de uma árvore na mesma fazenda e hoje foi colocado nos jardins da sede próximo a piscina. Fotografei o avião e o museu nesse dia.O Cmte Oracy, da Velha Guarda, havia voado na PANAIR DO BRASIL entre outros aviões da época (DC-3,Constelattion,Catalina,etc...) o DC-6 que se encontra estacionado ao relento na entrada do Museu e qual não foi a alegria naquele dia em que pudemos entrar na cabine de comando do velho avião e o Oracy encontrar perdido e jogado em um pequeno compartimento dos tripulantes um velho Diário de Bordo da aeronave com suas anotações. Correu lágrimas dos seus olhos e pude sentir o peso dos anos, os quais passam muito rápido para o homem que voa. Estávamos dentro do avião e ali naquele momento nostálgico o Oracy me perguntou, em que ano eu tinha nascido. Disse 1.954. O Oracy completou, vou te dar de presente a fivela de aço inox da PANAIR DO BRASIL, a qual recebi quando me tornei Comandante na companhia em 1.954 e gostaria que a preservasse, como um troféu que um amigo passa para o outro que considera. Quando estiveres velho o suficiente e não puder voar mais entregue-a a alguém que tenha admiração. Não aguentamos e saímos em lágrimas daquela aeronave e nunca mais voltei ao museu, a não ser pelo ar, pois eles (museu e avião perdido) está na minha rota na maioria dos voos que faço para as fazendas da empresa na região norte do Estado de São Paulo. No próximo vôo, quando veio do RJ ele me entregou a fivela da PANAIR, mandei fazer um lindo cinto de couro preto e uso esse trofeu somente em ocasiões sociais e especiais. O Cmte. Oracy, já aposentado e curtindo o mar que adorava, pois era da região do Rio de Janeiro-RJ, faleceu na sua casa de campo em Angra dos Reis e deixou milhares de amigos por esse Brasil a fora, inclusive eu.

2 comentários:

  1. OLA AMIGO DELFINO, A QUANTOS ANOS NÃO NOS FALAMOS, JA FAZ UM TEMPÃO, AS CRIANÇAS COM CERTEZA JÁ ESTÃO GRANDES, SOU O SILVINHO QUE TRABALHAVA NO CLUBE ARARAQUARENSE, OUTRO DIA FUI VOAR COM O FERNANDO NO ULTRALEVE DELE NO BARTOLOMEU DE GUSMÃO, ME DISSERAM QUE VC TINHA ACABADO DE IR EMBORA, MEU AMIGO DELFINO QUANDO CONSIDERAMOS UM A PESSOA, ESTA CONSIDERAÇÃO É ETERNA E EU CONSIDERO VC E A BETTY MEUS AMIGOS DE CORAÇÃO, MESMO ESTANDO ANOS LONGE DE VC´S, MEU EMAIL É SILCOR30@HOTMAIL.COM, UM ABRAÇO ENORME NO CORAÇÃO PARA VC, PARA A BETTY E PARA AS CRIANÇAS. FIQUEM COM DEUS. COM CARINHO SILVIO CORREIA

    ResponderExcluir
  2. AHHHH, EM TEMPO COMO LEITOR DE SEU BLOG, FÃ DE CARTEIRINHA, GOSTO DE SUAS FOTOS PRINCIPALMENTE DE SEU MODO DE ESCREVER QUASE QUE COMO CRONICAS VISTAS DO CÉU, E DIZ PARA A BETTY QUE NÃO ME ESQUECI DO ARROZ COM QUEIJO DELA, COISAS SIMPLES MAS BOAS NÓS NUNCA NOS ESQUECEMOS. SILVIO CORREIA

    ResponderExcluir