quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Marvada Pinga ! atrapaiou tudo...

O incrível aconteceu no Hangar do amigo Pedrão...no Vale Eldorado. Um aluno da Escola de Pilotagem,  chegou para o tradicional churrasco de fim de tarde no hangar/oficina/escola, vindo sei lá, acho que do Maranhão e para agradar trouxe uma garrafa de pinga da sua terra. Azul beleza, lindona, uma TIQUIRA ! Falou que era feita de mandioca, mas deve ter sido feito de cacto, com suor do Barba Azul. A Marvada Pinga deixou muitos em condições de instrumentos por vários dias. Outros  entraram em atitude anormal, capotaram e foram parar no chão. Afinal, nem tudo que é azul é maravilhoso, regras tem exceções e esse liquido alambicado de mandioca brava acho que pelo Capitão do Mato, fez um tremendo estrago na turma, que varou a noite perdidos no espaço. Até a Barba Branca do Pedrão ficou Azul. Kkk
O churrasco acabou saindo meia boca, graças ao anfitrião do Vale Eldorado, Ricardo “Pau para toda obra”, que arregaçou as mangas, tomou um gole da bruta, uivou e mandou brasa no churrasco....
A frequência da musica esteve variando de tons e subtons, cuja melodia inainterpretada zoou os ouvidos adormecidos pela  Azulete. Foi o churrasco mais alegre e divertido da paróquia...Essa Marvada Pinga atrapaiou  todo mundo... Afinal festa é festa! e com TIQUIRA, Festa fica Super Festa...
Ainda bem que os aviadores de plantão voaram antes do churrasco.
BETTY, PEDRÃO e RODOLPH
RICARDO
Para saber o significado dessa violenta TIQUIRA fui fazer uma pesquisa na Internet e olha o que encontrei:
Tiquira, o destilado de mandioca esquecido do Brasil

Brasil é conhecido como o país da cachaça, mas deixamos de lado algumas raridades de lado para fortalecer a imagem da aguardente de cana. Uma delas é a Tiquira, entre outras, como Canjinjin, Cataia e a ConsertadaBebida típica do Maranhão, em torno de apenas cinco a sete municípios ainda produzem esta bebida. A Tiquira é feita através da destilação de mandioca e adição de folhas de tangerina.
O nome TIQUIRA possui dois possíveis significados. De acordo com Stradelli, Tiquira é a palavra nheengatu que significa “destilado obtido a pingos, através do beiju de mandioca fermentada”. Já para Anchieta, tiquira deriva da língua indígena tupi, “a gota”, por fazer referência ao gotejar do líquido durante a destilação. Você pode encontrar isso no livro de Gonçalves de Lima, Anais da Sociedade de Biologia de Pernambuco, 1943. Há uma lenda no Maranhão, que de tão forte, após tomar três ou quatro doses de Tiquira, as pessoas não deveriam tomar banho ou molhar as cabeças, correndo o risco de morrerem ou ficarem “aluadas” ou seja, ruins da cabeça.
A produção de Tiquira ocorre na sua grande maioria, de forma artesanal e o comércio é feito no mercado informal. São poucas as marcas que conseguem regulamentação do Ministério da Agricultura para produzir e comercializar esta bebida, transformando seu mercado potencial em um nicho de curiosos ou locais.
Apesar da importância cultural, a tiquira vem desaparecendo pouco a pouco assim como seus criadores.
A Tiquira costuma ter graduação alcoólica entre 36 e 54 graus, mas por conta da falta de regulamentação outros números podem ser encontrados.
Já essa cor típica da Tiquira por mais estranho que pareça é 100% natural, oriunda das folhas de tanja, (tangerina), dando uma coloração roxa/rosa/azulada.
Curioso que no próprio estado do Maranhão, existe outra bebida rosa (só que desta vez artificial) muito conhecida, o Guaraná Jesus.

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