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dos anos 70, ainda sonhando em ser aviador e sapo de aeroporto, não podia ver
um avião cruzar os céus da minha CIDADE DAS ROSAS, minha querida Jaboticabal-SP
que eu arrumava um jeitinho brasileiro de dar uma escapadinha até o Campo de
Aviação, para ver e registrar o avião que havia acabado de pousar lá. Munido
com uma velha maquina fotográfica ia ao encontro de mais uma caçada, mais uma
aventura. Eu estava lá naquela ocasião majestosa e registrei a presença de um
avião REGENTE da FAB e aqui estão como testemunho da verdade, em pleno regime militar, as fotos... O tempo voou
rapidamente, foi ontem mesmo. Tudo era uma questão de escolha. Ainda não podia
voar, mas escolhi perseguir os aviões e registrar seus retratos. Era uma tarefa
difícil, pois tinha que fugir de casa, matar alguma aula, mas com um pouco de sacrifício
conseguia meus intentos. Para mim esse era um ponto positivo que fazia cada vez
mais ir além. Muitos anos se passaram e eu posso dizer com toda convicção do
mundo, valeu a pena curtir esses bons momentos. Quão gratificante era para mim,
o descortinar de cada avião que aparecia no aeródromo de Jaboticabal-SP, naquela
época SSJB. Minha família era o meu equilíbrio e a prioridade na minha vida,
apesar da relutância contraria do meu pai contra o meu sonho, a minha vocação.
Sabia que podia contar com eles e que iria precisar do primeiro empurrão, o
primeiro Dindin, o primeiro tostão. Outra coisa que eu descobri bem cedo era
que o estudo ninguém podia tirar de mim, então me dediquei em aprender logo
cedo, antes da minha idade me liberar para enfrentar os duros caminhos da
aviação, com os quais sonhava. Então comecei bem cedo a minha longa jornada e aqui
estou quase na reta final com o dever cumprido e as missões bem feitas. Não poupei dos sacrifícios, privei-me de muitas vontades, muitos desejos, mas
nada disso me fez falta na juventude.
O REGENTE, cujo projeto foi iniciado em 1959 para um avião monoplano cabine de quatro lugares com uma asa alta e trem de pouso fixo. O protótipo, denominado Neiva Regente 360C, voou pela primeira vez em 07 de setembro de 1961 com um 145 hp (108 kW) Continental O-300 motor a pistão.
O tipo foi ordenado em produção pela FAB- Força Aérea Brasileira
com 180 cv mais potente (134 kW) do motor Lycoming O-360-A1D. Oitenta aviões
foram construídos originalmente designado o U-42 (mais tarde alterado para
C-42) para a função de utilidade. A primeira entrega ocorreu em fevereiro de
1975.
O Neiva Regente é um avião
monomotor de asa alta com ótima performance em baixas velocidades e de desenho
convencional. Fabricado pela Indústria Aeronáutica Neiva,
foi empregado apenas pela Força Aérea Brasileira como avião de ligação,
avião de carga e avião utilitário. É uma aeronave com trem de pouso fixo e
triciclo, bem adaptada para operar em pistas não preparadas. Foram
produzidas quarenta aeronaves em duas versões bem similares. Uma era destinada
a função de ligação e observação, por isso era chamada de Regente ELO
(Esquadrilha de Ligação e Observação). Esta versão possuía a fuselagem
rebaixada na traseira para permitir uma maior visibilidade. Foi designada pela
FAB como L-42 e retirada de operação em 2002.
muito bacana esta reportagem isso resgata o que a aviação brasileira tem de bom durou pouco mas foi feito no BRASIL parabens DELFINO por esta reliquea !!!
ResponderExcluirBom dia Comandante,
ResponderExcluirPesquisando sobre Regente, saí nesta bela matéria. Parabéns!
Sou proprietário de um Regente e estou a pesquisar informações sobre alongamento da envergadura do regente para aumentar sua sustentação. Se tiver algo a respeito, ficarei feliz se compartilhar aqui.
Obrigado.