Aviões tem sentimentos e gostam dos seus donos, quando são bem tratados. Aprendi com os mais velhos coisas que tenho praticado e ensino aos meus alunos até hoje. E no decorrer da vida e dos diversos acontecimentos, durante as decolagens, pousos, situações adversas e mesmo durante as emergências, que o fiel companheiro alado, deu um jeitinho e nunca me abandonou.
O avião avisa,ele dá sinais quando não está bem ou está apreensivo, basta você ter intimidade com ele sentindo e aceitando os avisos. Como nós, todos os aviões tem suas limitações, basta conhecer e aceitar seus sinais. Assim sendo, eu cuido e tenho uma grande intimidade com aqueles com quais estou voando. Acho que isso faz com que eu continue vivo para contar alguns memoráveis episódios da minha vida de aviador. Afinal, todos que passaram por mim, nunca em hipótese alguma me deixaram na mão. Sempre conversei com eles e no final de cada voo cumprido, cada missão, após o desembarque dos passageiros que estão comigo e do meu desembarque, como gratidão beijo o spiner da sua hélice e me parece que ele sorri pra mim. Assim tenho certeza que poderei contar com ele no próximo e nos próximos voos.
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