Tanto na aviação, mesmo no pára-quedismo, como em muitas profissões e
nos mais diversos esportes, sempre existe uma sequencia natural, onde muitas
vezes os filhos acabam seguindo os passos do pai, dando continuidade a essa historia de vida. Conheço inúmeros casos desse
tipo e recentemente deparei com um curioso fato. Por afinidade e por terem
acompanhado os pais desde pequeninos acabam seguindo a mesma trajetória. Nosso
amigo Tonho Soranzo, velho pára-quedista é remanescente dos anos 70 da história
de um pára-quedismo esportivo pioneiro, dos nossos memoráveis e áureos tempos.
Da época dos velames redondos que praticamente navegavam ao sabor do vento e
onde era exigida uma técnica particular para conseguir um pouso seguro em local
pré-determinado. Isso que era a verdadeira essência de um esporte.
Hoje as coisas evoluíram e o esporte do pára-quedismo, além de ficar
mais acessível a todos oferece uma gama de opções para quem deseja saltar com
segurança e tranquilidade. Assim caminha a humanidade. O Lelo que praticamente
foi criado dentro das áreas de saltos levado pelo pai que era uma verdadeira
fera nos pousos de precisão com obsoletos pára-quedas redondos, acabou pegando
gosto pela coisa. Além de trabalhar sempre com o pai, acabou levando o Tonho
que havia até pendurado a chuteira de volta para a pratica do esporte. O LELO
começou a saltar já na geração nova de velames mais sofisticados, os chamados
pára-quedas retangulares altamente dirigíveis e com dispositivos de segurança que
na nossa época não existia. Assim o Velho Águia TONHO voltou a saltar e não
perde mais nenhuma área de saltos em Araraquara-SP. Na sequencia natural, o
LELO acabou casando e teve um lindo garotinho, o Murilo, que sempre carrega a
tiracolo levando para as suas aventuras pára-quedisticas como seu pai fazia com
ele.
A paixão pelo esporte
do pára-quedismo e com seus talentos profissionais no computador e no ploter como designer aliado a empresa da família
de produção de propaganda visual, sonha com o dia, em que seu filho MURILO acabe
saltando também de pára-quedas. Incentivador numero um do menino, já imagina os saltos, e não é que acabou criando uma curiosa e interessante
foto,colando o rosto do garotinho de 1
ano e 4 meses no seu corpo em queda-livre projetando o futuro do menino no
espaço. Céu azul, muito céu azul, muita adrenalina para todos. Sempre que
possível acaba ensinando alguma posição de queda-livre para o filhote que
realiza com perfeita precisão e gosto.
Nessa onda, nós que acabamos acompanhando toda
essa linda história de vida. Por força do destino e pelos mesmos gostos, nos
tornamos amigos desde aqueles anos 70, unidos pela pratica do esporte e sempre
que possível estamos em alguma área de saltos revendo os amigos e participando
da vida deles.
Como toda regra tem exceção, acho que no nosso caso nós somos a
exceção da regra, pois nossos filhos não pretendem seguir nossos passos nem no
pára-quedismo e nem na aviação que amamos tanto. Afinal a vida é assim. Nem
tudo é como a gente quer.... Então vamos torcer pelo Murilinho.
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